quarta-feira, 8 de junho de 2011

A Epopeia da Peineta

 Ok, antes da aventura, um esclarecimento. Peineta nada mais é do que aquele pente tradicional espanhol lindíssimo. Quando eu comecei a pensar nos preparativos do casamento, essa foi uma das primeiras coisas que eu resolvi que usaria.



Enfim, vamos a epopéia da Peineta (apesar do título, me (nos) popei de escrever em poesia, ok?)
Ontem passei pela situação mais patética dos últimos tempos.
Havia encomendado uma peineta no ateliê da Rosana Negrão (http://www.rosananegrao.com.br/) para usar no meu casamento. Consegui uma valor ótimo através de uma promoção no site Wedding Off (http://www.weddingoff.com.br/). Já tinha desmarcado umas 3 vezes a retirada da bendita, cada hora por causa de um problema diferente, como sempre. Até que ontem eu decidi que iria retirar a abençoada nem que o mundo caísse... Pois foi exatamente isso que aconteceu!
Quando eu estava no meio do caminho, o céu se desfez em água. Eu desci do ônibus, abri meu guarda-chuva de 15 conto e fiz o possível pra não me molhar muito. Até então estava tudo sob controle.
Cheguei no prédio do ateliê, que fica na Joaquim Floriano, experimentei a peça (maravilhosa!), conversei um pouco com as meninas, via algumas outras peças e achei que nesse meio tempo a chuva teria passado. Ledo engano, há!
Quando saí na portaria do prédio, por volta das 18h30, ainda chovia. Não muito forte no primeiro momento, mas quando eu atravessei a rua  não só começou a chover muito, muito forte, como também começou a ventar.
A chuva vinha de todos os lados! Até de baixo pra cima! Os carros passavam na rua e jogavam baldes de água em cima de mim. Como eu já estava ensopada, nem me dava ao trabalho de fugir do jato.
E o meu guarda-chuva de 15 conto foi valente, viu? Ficou firme e forte, não quebrou nenhuma varetinha. Tá certo que a esta altura ele tava protegendo só as minhas sobrancelhas, mas que foi valente, foi!
Consegui chegar na Juscelino e fiquei igual uma panaca no canteiro central esperando pra atravessar a outra metade da avenida. Gente, nesses segundos que eu fiquei parada lá simplesmente me deu uma crise de riso. Mas uma crise daquelas fortes, de fazer chorar. Pensa numa pessoa ensolpada até a calcinha (sim, a calcinha), com um guarda-chuva que não tava protegendo nada, fazendo o possível pra não sair voando esperando o farol abrir. Eu ri muito! Lamentei estar sozinha, porque se tivesse mais alguém comigo, a crise de riso teria durado mais, com certeza!
Enfim, a Juscelino estava estacionada e nenhum ônibus estava conseguindo chegar até lá. Resolvi ir andando até a Santo Amaro. Só que lá também estava tudo parado e os ônibus que passavam não tinham condições de entrar nem meia formiga.
A esta altura a chuva tinha parado, ou caia só umas gotinhas. Não sei bem, porque estava encharcada mesmo, então não fazia diferença.
Resolvi ir andando até a Brigadeiro e ver se lá as coisas estavam melhores. Realmente estavam. Consegui pegar um ônibus bem vazio (se comparado com os que eu tinha visto na Santo Amaro) e em 15 minutos eu estava na Paulista. Fiquei toda feliz, achando que ia chegar em casa super cedo e tal. Como eu sou inocente, né? Sempre esqueço que alegria de pobre dura pouco. Quando eu desci a escada na estação Brigadeiro a fila para passar na catraca estava no pé da escada. A plataforma então, nem se fala! O metrô ontem era a sucursal do inferno. Fiquei 40 minutos sentada nos banquinhos da plataforma esperando pra ver se melhorava. Só piorava.
Resolvi ir até a Consolação e fazer hora no Center 3 e no Conjunto Nacional. Comi, olhei as vitrines, entrei em livrarias, olhei mais vitrines e lá pelas 21h00 achei que as coisas já tinham melhorado.
Graças a Deus, realmente tinham. Nem parecia que há 2 horas atrás o mundo estava se acabando e o metrô era o único meio de salvação.
Cheguei no Tucuruvi às 21h40 e me dei o luxo de descer de táxi até a minha casa. A corrida de 7 minutos custou 12 dinheiros, mas valeu cada centavo depois da via crucis que eu percorri.
Detalhe: ontem era nosso aniversário de 3 anos. Por causa da chuva, o Rê não pode vir pra SP e eu passei por toda essa aventura.
Mas valeu a pena. Estou com a minha peineta maravilhosa. Uma passo mais perto do casório! Se essas coisas não acontecessem a vida seria muito sem graça.
O post ficou grande, mas eu queria compartilhar essa insanidade....kkk

Um comentário:

  1. Adorei, consigo ver a cena...
    Esse casório jah está na história..Santo Renato!

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